A algum tempo venho atendendo um cliente de concessionárias que contratou um CRM desconhecido no mercado, daqueles bem chinfrins sabe?
Além de todos os problemas clássicos de integração que atormentam todas mudanças de CRM, ainda havia um agravante nesse caso, que é a falta de conhecimento.
No fim, boa parte dos processos voltaram a funcionar com algumas soluções via Webhook que exigiram automações bem complexas no RD Station, mas foi um desafio bacana de se realizar (Posso trazer esse case em outro dia.)
Agora com a introdução já feita, vamos ao problema da vez!
O Problema:
Meses depois de todas as automações estarem rodando e distribuindo os leads entre as unidades de concessionárias, segmentando por marca e por cidade surgiu um novo problema.
O cliente percebeu que os leads de serviços não deveriam ser enviados para as unidades de venda e sim para as de serviços.
A simples solução seria criar uma nova automação para Serviços e usar um novo webhook para envio, portanto solicitei a criação desse webhook por parte do responsável do CRM. A reposta foi a seguinte:
“Bom dia. Pode postar aqui o payload que é enviado hoje para a API? Grato.”
O que diabos é payload? O que fazem, de onde vem? Essa foi minha reação.
Então fui direto ao google e depois de 1 minuto de pesquisa árdua descobri que payload nada mais era que o JSON do lead, termo que já conhecia anteriormente.
Mesmo já tendo feito inúmeros Webhooks para nós, o responsável do CRM fez uma demanda bem técnica, acredito eu que foi na esperança de não conseguirmos gerar JSON para que ele não precisasse desenvolver um novo webhook ou pelo menos postergar esse trampo.
Resolvendo o B.O (Json)
Eu nunca tinha gerado um JSON de lead pelo RD anteriormente, já tinha feito algumas coisas similares no Zapier, mas eram casos diferentes, mais focados em automação. Porém eu sabia que o RD tinha uma ferramenta de integração via Webhook.
Então fui fuçar nela pela primeira vez e percebi que eu precisaria de uma URL para enviar esse JSON do lead. Já corri no google e pesquisei “site para enviar webhook” e lá em pesquisa relacionadas tinha “Webhook tester”.
(Parece bobagem falar como usei o google, mas se todo mundo usasse corretamente o google 80% das demandas seriam sanadas pelo pessoa que gera ela.)
Por fim achei, achei um site chamado requestbin.com onde ele me gerava a url necessária e eu consegui enviar o teste do RD para lá
Vitoria n°1!!!!!
Mas ainda não era daquilo que eu precisava, eu tinha que dar um jeito de transformar aqueles dados em um JSON.
Então mudei a segunda etapa para Python (linguagem que eu sei o básico do básico) e ele me retornou o seguinte codigo.
Percebi então que nesse item “logs” desse código estava retornando o tal do “id” solicitado na linha 4. então mudei a linha para:
print(steps[“trigger”][“event”][“body”])
E o retorno foi esse:
Conheçam o tal do JSON
Copiei o danado e joguei em um outro site chamado JSON Formatter (já conhecia de antes)
Que formata JSON assim deixando eles bonitinhos assim:
Por fim, copiei o código e enviei para o responsável do CRM do cliente. Agora ele que se vire pq oq ele precisava eu gerei haha!
Aprendizados
Com certeza devem existir N maneiras mais fáceis de realizar esse processo, porém acho que o principal aprendizado desse case não foi o resultado que gerei e sim a trilha de caçar a todo custo a forma de encontrar o que eu estava procurando.
E na real acho que essa capacidade de “fuçar” na net e aprender qualquer coisa que me proponho é o meu diferencial como profissional.